Justo ou Injusto?

*Milton Bigucci

 

Deus fez um mundo onde algumas pessoas não conseguem visualizar a justiça. Parece que há mais injustiças que justiça. Mas não é verdade. É como noticia de jornal. Só dá manchete, desastre e crime. Só sai o que dá Ibope. O que sai é a exceção, pois a regra, que não é publicada em lugar algum, é o nosso dia a dia normal. Quantos amigos você não tem ao seu lado, no trabalho, na escola, todos normais, levando cada um sua vida? Se algum deles sofrer um acidente ou fizer algo errado, aí é noticia entre os amigos. Portanto não esqueça, a injustiça é a exceção e não a regra.

Deus na sua infinita sabedoria não poderia nos dar um mundo injusto. Jamais. Pense nisso.

Para ilustrar estas observações leia este trecho de Charles Chaplin sobre a injustiça, de muita sabedoria e ao mesmo tempo cômico.

 

“A coisa mais injusta sobre a vida é como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo, ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante para poder aproveitar a sua aposentadoria. Aí curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade. Vai para o colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando, e termina tudo num grande orgasmo. Não seria perfeito?”

 

*MILTON BIGUCCI é presidente da construtora MBigucci, presidente do Conselho Deliberativo da Associação dos Construtores do Grande ABC, membro do Conselho Consultivo Nato do Secovi-SP e do Conselho Industrial do CIESP, conselheiro vitalício da Associação Comercial de São Paulo e conselheiro nato do Clube Atlético Ypiranga (CAY). Autor dos livros “Caminhos para o Desenvolvimento”, “Somos Todos Responsáveis – Crônicas de um Brasil Carente”, “Construindo uma Sociedade mais Justa”, “Em Busca da Justiça Social”, “50 anos na Construção” e “7 Décadas de Futebol”, e membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, cadeira nº 5, cujo patrono é Lima Barreto.

 

 

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