Confira os principais fatos dos últimos anos e décadas na trajetória de sucesso do empresário Milton Bigucci:
1940
No dia 28 de setembro de 1940, Roberto Scarpelli Amedeo Bigucci, filho de italianos (nascido em Mariana/MG, 3/2/1915), se casou com Trindad Marin Bigucci, filha de espanhóis, nascida em 1/9/1918 na cidade de Jaú (SP). O casamento ocorreu na Igreja Nossa Senhora Aparecida, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, e fixaram residência na Rua das Municipalidades, na Vila Carioca. Foi nessa casa que, no dia 19 de dezembro de 1941, Trindad deu à luz Milton Bigucci. O casal teve também uma filha, Célia Bigucci, nascida em 10 de dezembro de 1943.
Depois, a família mudou-se para a Rua Tabajaras, no bairro da Mooca e, posteriormente, para a Rua Guaperoba, no Alto do Ipiranga em uma casa semiconstruída. O Sr. Roberto, pai de Milton Bigucci, era carpinteiro e sua mãe, Sra. Trindad, dona de casa e costureira. Ambos fizeram apenas o curso primário, no entanto, esforçaram-se para que os filhos, Milton Bigucci e Célia Bigucci, pudessem estudar. A família levava uma vida humilde, mas Milton Bigucci lembra com carinho de sua infância e destaca um episódio que foi marcante em suas vidas: nos idos de 1949, ele e seu pai presenciaram um acidente e queda de um caminhão carregado de grandes caixas de madeira com máquinas, em uma lagoa denominada Tanque da Pólvora, perto da Rua Guaperoba.
Essas caixas de pinho branco, abandonadas no local do acidente, foram úteis para o Sr. Roberto Bigucci. Como a sua casa não tinha forro e fazia muito frio internamente, “as caixas foram usadas para forrar o quarto, graças a Deus”, complementa Milton Bigucci. Hoje, Roberto Scarpelli Amedeo Bigucci é nome de rua, tendo sido homenageado pela Câmara Municipal de São Bernardo do Campo.
1949
Milton Bigucci fez o curso primário no Grupo Escolar Alcântara Machado, na Avenida do Cursino, 338, no Alto do Ipiranga, de 1949 a 1952. Por causa de dificuldades financeiras, Milton Bigucci começou a trabalhar muito cedo. O início de sua vida profissional foi de muita luta e trabalho o que, segundo ele, exigiu uma boa dose de otimismo e dedicação.
1950
Em 1950, aos 9 anos de idade, Milton Bigucci começou a trabalhar como auxiliar de limpeza e office-boy na clínica de uma dentista na Rua Vergueiro, 7693, no Alto do Ipiranga/SP. Essa primeira experiência foi frustrante porque, ao final do primeiro mês de trabalho, a dentista mudou-se, durante a noite, e não pagou o aluguel da casa para o dono e nem o que seria o seu primeiro salário.
Após essa experiência, Milton Bigucci passou a entregar gravatas e cuecas que sua mãe costurava para uma loja no Parque Dom Pedro (SP), duas ou três vezes por semana, indo de ônibus sozinho. Isso com 9 anos. Em seguida, aos 11 anos, Milton Bigucci começou a trabalhar como aprendiz de balconista na Casa Freire do seu, no futuro, amigo Nelson Freire. Era uma loja de ferragens e materiais de construção, localizada na Rua Lino Coutinho, no bairro do Sacomã, no Ipiranga. Milton Bigucci carregava tinta em pó no sábado à tarde, após o fechamento do horário comercial, para ganhar uns trocados para ir à matinê do cinema no domingo. Chegou a vender gibi na porta do cinema para poder entrar. Ficou lá até os 13 anos.
Nesse período, Milton Bigucci passou por mais uma adversidade. Após o término do curso primário, teve que ficar dois anos sem frequentar a escola devido à falta de recursos. Só em 1954 ele conseguiu ingressar na Escola Técnica de Comércio Modelo, situada na Via Anchieta, Ipiranga/SP, onde fez o curso de Admissão e, a partir de 1955, ingressou no curso Comercial Básico (antigo ginasial). Como era um aluno aplicado, Milton Bigucci pagou apenas as mensalidades do primeiro ano. A partir daí, ganhou bolsa de estudo integral durante todos os anos (prêmio dado ao melhor aluno da classe).
1956
Em 1956, aos 14 anos, Milton Bigucci começou a trabalhar nas Linhas Corrente (fábrica de linhas de costura), situada na Rua do Manifesto, 705, Ipiranga, como arquivista e auxiliar de Departamento Pessoal, onde ficou até 1959.
Aos 18 anos Milton Bigucci foi trabalhar na Indústria de Molas C. Fabrini, localizada no Km 12 da Via Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Nesse período, Milton Bigucci fez curso Técnico de Contabilidade na Escola Técnica de Comércio Modelo, com duração de três anos, concluído em 1961, turma da qual também foi orador.
1961
Em 1961, Milton Bigucci estava no último ano do curso de Contabilidade quando os diretores da construtora Itapuã Comércio e Construções Ltda. (localizada na Rua Costa Aguiar, 1761, e posteriormente na Rua Bom Pastor, 2530, no bairro do Ipiranga), Dr. Enio Monte e Dr. Szymon Goldfarb, foram procurar alguns alunos. Os diretores foram até a Escola Modelo com o intuito de encontrar um jovem que poderia ser, no futuro, contador da empresa. Apenas Milton Bigucci se apresentou no dia seguinte. Foi aprovado, posteriormente descobriu que apenas ele tinha feito o teste, e começou a trabalhar na área de contabilidade da empresa, onde começou aprender com o sistema de fichas tríplices (formulários impressos em três vias de cores diferentes usados para lançamento contábeis de documentos).
Bigucci lembra que essa época foi de muito aprendizado porque costumava se reunir semanalmente com o contador da empresa terceirizado, sentado nos bancos de jardim da Praça da Sé, centro da capital paulista, para conferir os lançamentos, pois o bairro do Ipiranga era longe. Este foi seu início no ramo da construção civil.
1962
Milton Bigucci continuou estudando e formou-se professor de Contabilidade na Faculdade Mackenzie, em 1962.
1963
Em 1963, Milton Bigucci fez o cursinho para Direito no Cursinho Castelões, na Rua São Bento, centro da capital paulista. Prestou vestibular para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco da Universidade de São Paulo (USP). Neste ano, Milton Bigucci foi trabalhar na Mercedes Benz onde exerceu os cargos de Auditor Júnior, Auditor Sênior e, posteriormente, Assistente do diretor Financeiro.
1964
Em 1964, Milton Bigucci ingressou na Faculdade de Direito da USP, no período noturno, aprovado entre os primeiros 50 colocados. Em agosto de 1968, Bigucci foi chamado para trabalhar novamente na Itapuã para atuar como diretor Administrativo e Financeiro da construtora. Apesar de a Mercedes Benz propor-lhe um salário maior, Milton Bigucci aceitou voltar para a Itapuã porque “era a oportunidade de se realizar profissionalmente e ter a sua emancipação econômica”, complementa. Esse ano marca o seu retorno para o ramo da construção civil. Até 1985, Milton Bigucci ajudou a empresa Itapuã a crescer e se tornar uma das maiores do Estado de São Paulo. Além disso, esse período estava favorável à área porque o Banco Nacional da Habitação (BNH) disponibilizou vastos recursos para aplicar em habitação em todo o País.
1968
Em 1968, Milton Bigucci gradua-se advogado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco da USP, turma na qual se destacou o ministro do STJ, Sidnei Agostinho Beneti, seu colega de turma.
1969
No dia 3 de maio de 1969, Milton Bigucci casou-se com Sueli Pioli Bigucci, com quem teve quatro filhos: Roberta Bigucci, Milton Bigucci Junior, Marcos Bigucci e Marcelo Bigucci, que já lhe deram doze netos.
Sueli Pioli Bigucci é contadora, mãe dedicada e avó presente. Ela é autora do romance “Amar – a verdadeira razão de viver” e criadora do site de auto-ajuda www.reflexaodevida.com.br, que tem recebido a visita de milhares de internautas.
Os filhos de Milton Bigucci são muito dedicados e excelentes profissionais na MBigucci. A família Bigucci é muito unida. Seus dois sobrinhos são também excelentes profissionais e muito queridos. “Todos trabalham desde os 12 anos. É a ‘molecada’ que toca a empresa. Cinco hoje dirigem a empresa e responsabilidade e competência não lhes faltam”, diz Milton Bigucci. Os cinco “meninos” jogam futebol com o pai e o tio. A Roberta Bigucci foi a executora da implantação das ações de responsabilidade social da empresa.
1983
No dia 7 de outubro de 1983, ainda trabalhando na Itapuã Comércio e Construções Ltda., Milton Bigucci fundou a empresa MBigucci (registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP, dia 24/10/83). Só em 28 de fevereiro de 1985, Bigucci decidiu sair da Itapuã para dedicar-se exclusivamente à sua querida MBigucci, quando a mesma começou a produzir habitações.
“Eu acredito no trabalho, na educação, na família, no otimismo, na sociedade, na solidariedade e no respeito.”
Milton Bigucci(veja mais frases de Milton Bigucci)
1985
Seu perfil empreendedor o levou a buscar novos negócios. Em 1985, Milton Bigucci abriu uma loja de automóveis na Avenida Nazaré, 1953, no bairro do Ipiranga, cujo gerente foi seu sobrinho Rubens Toneto. Junto com os dois sobrinhos (Robson e Rubens) abriu uma loja de materiais de construção na Rua da Pátria, em Santo André. Posteriormente, ambos os estabelecimentos foram vendidos. Nesse período, Milton Bigucci começou a criar gado de corte e leiteiro em Paranapanema, interior de São Paulo, onde havia comprado, em 1982, 200 alqueires de terra. Milton Bigucci criou também cavalo andaluz puro sangue, sendo inúmeros premiados em diversos eventos.
1990
Milton Bigucci inicia novo negócio, abrindo um posto de combustíveis chamado Big Bol, na Avenida Piraporinha, 1461, em Diadema. O empresário Milton Bigucci abriu também duas quadras de futebol society com o mesmo nome do posto, na Rua Mário Fongaro, na Vila Marlene, em São Bernardo do Campo (SP). A abertura das quadras foi uma iniciativa pioneira do futebol society no ABC. Embora tenha dividido, em algumas épocas, um pouco do seu tempo com esses negócios, Milton Bigucci faz questão de deixar claro que o seu foco, há 47 anos, é a construção civil.
1997
Milton Bigucci acumulou conhecimento com iniciativas sociais atuando no ramo da construção, há mais de 40 anos, em São Paulo e no ABCD. O contato estimulou Milton Bigucci a propor soluções para os principais problemas do País, posteriormente registradas em artigos publicados na imprensa e em seus livros. Hoje Milton Bigucci tem seis obras publicadas, focadas na reflexão de temas sociais e com renda revertida para entidades beneficentes.
Milton Bigucci é autor dos livros “Caminhos para o Desenvolvimento”, “Somos Todos Responsáveis – Crônicas de um Brasil Carente”, “Em busca da Justiça Social”, “Construindo uma Sociedade mais Justa” e “50 anos na Construção Civil”. Sua importância como escritor lhe rendeu uma vaga, em 2003, como imortal na Academia de Letras da Grande São Paulo, cadeira nº 5, cujo patrono é Lima Barreto, além dos recentes “7 Décadas de Futebol”, “60 anos na Construção”.
2014
Milton Bigucci lança o livro 7 Décadas de Futebol no Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Bigucci recebe o prêmio As Melhores da Dinheiro 2014, concedido pela revista Istoé Dinheiro, onde a MBigucci foi premiada como a melhor Construtora de Capital Fechado do Brasil.
2015
2021
Milton Bigucci completa 60 anos de contribuição à Construção Civil.
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Youtube: Bigucci recebe prêmio As Melhores da Dinheiro 2014
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