Agora somos 7 bilhões – por Milton Bigucci

Agora somos 7 bilhões
por Milton Bigucci – 06 de dezembro de 2011

Eu gosto de estatística e só deve ler quem gosta para poder pensar sobre o mundo.

A Terra chegou no dia 31 de outubro de 2011 aos 7 bilhões de habitantes. Em apenas 12 anos aumentou 1 bilhão de habitantes, passando, de 1999 a 2011, de 6 para 7 bilhões. Para aumentar esse mesmo 1 bilhão, demorou de 1930 (2 bilhões) a 1960 (3 bilhões), 30 anos, embora agora a taxa de fecundidade baixou para perto de 2 filhos por mulher (eram 5) e o número de óbitos baixou de 51 para 42 por nascimento e continua em declínio. Ainda bem.

Do início do mundo até 1930 fomos de zero a 2 bilhões de habitantes. Nos últimos 80 anos passamos de 2 para 7 bilhões de pessoas.

A qualidade de vida hoje é bem melhor no mundo que em 1999 (quando éramos 6 bilhões), baixando o nível de analfabetos, de 14% para 11%, a expectativa de vida aumentou de 66 para 73 anos,  o PIB do mundo dobrou, os pobres baixaram de 75% para 67% da população, aumentou o volume de ricos e da classe média em especial, cuja velocidade aumentou 15 vezes a da população geral. Os idosos (mais de 65 anos) já são 900 milhões da população, no entanto, diminuiu os ativos que produzem.

Na longevidade humana, nas últimas décadas, a população mundial têm ganho 2,5 anos de vida a cada 10 anos.

A Terra comporta quanta gente com seus recursos naturais?

Não se sabe, principalmente agora que, pela primeira vez (em 2007), a população urbana mundial superou a rural (produtora de alimentos). O mais importante é a elaboração de um planejamento familiar (não controle de natalidade), principalmente nos povos mais humildes e sem condições de dar um futuro digno aos que nascem.

O Brasil, infelizmente está com o seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), divulgado pela ONU, em 84º lugar no mundo (0,718), atrás dos vizinhos Chile (44º), Argentina (45º), Uruguai (48º), Cuba, Costa Rica, Venezuela e Peru, o 4º entre os BRIC’s (Rússia, Índia e China). Embora progredindo, continuamos a ser um país desigual, mas estamos lutando para melhorar. A escolaridade média do brasileiro é de 7,2 anos, atrás de vários países pobres da África. A Noruega é a campeã mundial de IDH (0,943).

No Nordeste a longevidade da população abaixa e no Sudeste sobe. No Grande ABC, em São Caetano do Sul, por exemplo, município com o melhor IDH do Brasil, o índice de longevidade alcança 78,2 anos, o melhor do país.

Só com as grandes e necessárias reformas o país deslanchará mesmo, calcado em bases sólidas: tributária, previdenciária, política etc. Os políticos precisam ter peito para fazê-las. Estamos há anos esperando.

Acredito que na próxima medição de IDH o Brasil estará bem melhor, por trabalhos na educação e saúde, cujos avanços nos últimos anos foram pequenos.

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