2015 já era. E 2016?

2015 já era. E 2016?
por Milton Bigucci – 1º de julho de 2015

O povo brasileiro está passando por uma crise de paralisia da economia quase que total. É só pessimismo e recessão. Não há uma notícia boa. Parece que o mundo desabou sobre o Brasil. O PIB chegando a zero, as indústrias diminuindo a produção, dando férias ou demitindo os seus empregados. Os bancos cobrando juros altíssimos ditados pelo governo, longe da realidade possível de qualquer cidadão que necessite de crédito.

Será que os juros altos não são um incentivo a não consumir? Quem vive desses juros altos não precisa produzir ou trabalhar. Deixar os recursos no banco rendendo 13,75 % ao ano, vendo o preço dos bens imóveis reduzindo, mas sem condições de reposição, é a saída?

O governo federal com quase 40 ministérios não toma uma medida para enxugar a sua máquina, ao contrário, aumenta ou cria impostos. A inflação subindo. O Brasil está parando e o Congresso discutindo reforma política. Apesar de necessária, a prioridade deveria ser não deixar o Brasil parar.

A incerteza do emprego faz a população não comprar. O clima é de medo e pessimismo geral. As más notícias estão a cada momento na mídia. A mídia tem um papel relevante nesse quadro de pessimismo. Não deveria noticiar apenas “sangue”, mas também equilibrar com exemplos que deram certo. Nas crises é que aparecem as oportunidades.

Quem vai investir com esse clima?

O exemplo tem que vir de cima. O governo deve cortar gastos para que a iniciativa privada volte a ter confiança. O otimismo não vem só, vem com medidas de exemplo para voltarmos ao desenvolvimento. Criar mecanismos para que todos trabalhem, diminuir os espaços para os que recebem sem produzir. Idosos ou deficientes, tudo bem, mas para o restante deve-se criar fórmulas para produzir e não ser apenas um ônus para a sociedade. Jovens devem estudar e começar a trabalhar cedo.

O empreendedor deve ser incentivado a produzir e dar emprego, e não ser crucificado como se fosse descartável.  Ele é como o trabalhador, peça necessária e insubstituível para o desenvolvimento.

Temos que reverter o clima para o otimismo.

Em uma empresa quando as coisas não vão bem, se reeducam os agentes e se reestruturam os sistemas. Com certeza todos entendem, pois é o emprego que está em jogo.

Quando falo de mudanças ou reformas, o exemplo deve vir de cima para baixo. De baixo para cima estamos fadados a não suportar o trajeto e parar no meio do caminho.

 

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