Caos social e econômico

Milton Bigucci

O mundo e o Brasil estão passando por uma das maiores crises que se tem notícia neste século.

Superada a crise econômica de 2008 que assolou a todos, um pouco o Brasil, hoje temos a crise do coronavírus, uma doença oriunda da China, que se alastrou para Europa e as Américas, principalmente. Trata-se de uma pandemia global que está afetando o mundo sob o aspecto social e econômico.

Cada país está agindo de uma forma. Infelizmente ainda não temos a vacina.

Na segunda quinzena de março de 2020, no Brasil, com a ordem de a população não sair de casa, cresceram as desavenças políticas. O país quase parou. Graças a Deus que os profissionais da saúde estão atuando, e forte. Minha saudação especial ao meu amigo David Uip, infectologista, por sua dedicação total à causa. Ele é o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus no Estado de São Paulo, também contraiu a doença, ficou de quarentena, mas está se recuperando.

Minha saudação também aos caminhoneiros, motoqueiros que fazem as entregas, aos produtores e trabalhadores rurais, aos trabalhadores da construção civil, aos policiais, trabalhadores de limpeza pública, de transportes coletivos, dos postos de combustíveis, supermercados e farmácias e tantos outros que estão batalhando para não deixar o caos social tomar conta do nosso país.

O caos social e econômico criado infelizmente parece agradar alguns poderes. O pânico está disseminado. Agora que o nosso país parecia estar caminhando bem com a Reformas imprescindíveis e medidas de incentivo, tudo se estagnou.

Preocupa-nos a extensão dessa crise no campo econômico, pelo desemprego e recessão, com o empobrecimento do povo. Se já tínhamos 12 milhões de desempregados, imaginem para onde vamos com a crise.
Se continuar por muito tempo para toda população será o caos social e econômico. Devemos salvar vidas e a economia. O número de mortes está em torno de 3% dos casos positivos. Não é um número alarmante.

O Governo e o Congresso devem fazer a sua parte, enxugar os privilégios, que não são poucos, prorrogar obrigações fiscais, repactuar dívidas, agir rápido como fez, abrindo crédito de R$ 88 bilhões. Operação de guerra, reformar urgentemente regras trabalhistas que engessam o emprego e o desenvolvimento.

As empresas devem renegociar com os seus colaboradores, horários, salários, home office, férias etc, e não parar de produzir. Não podemos perder o equilíbrio.

Temos que lutar unidos.

Algumas pessoas devem deixar de pensar só em si ou nas próximas eleições, pois se houver o caos, sobrará para todos a desgraça. Parece que há uma torcida para dar certo e outra para o caos. Infelizmente.

Essa história de parar o país, fechar as empresas, comércios e shoppings por muito tempo, só vai criar um caos econômico, uma recessão, uma quebradeira geral que demorará meses ou anos para voltar ao crescimento, ao pleno emprego. O PIB de 2% ao ano vai para zero ou menos em 2020.

É preciso defender as pessoas e as empresas que dão emprego. Cada empresa tem seu fluxo de caixa e deve agir da melhor forma possível para preservar sua atividade, o emprego e a vida dos seus colaboradores.

E as pessoas que trabalham por conta própria? Os autônomos, os empregados de pequenos negócios e os informais? Não podem parar para poder sobreviver.

O mundo não estava preparado para essa crise, e o Brasil na área de saúde, educação e logística, menos ainda. Com a extensão territorial que temos deveríamos investir bem mais em infraestrutura e em ferrovias para cruzar o país.

Imóvel sempre foi o melhor investimento, o mais seguro, imaginem agora com a crise. Mais seguro ainda.

Com o déficit habitacional em torno de 7,5 milhões de moradia, o Minha Casa Minha Vida (MCMV) deve sofrer impacto imediato, até porque já financiou 5,5 milhões de habitações, sendo 4,1 milhões já entregues.

Pelo amor de Deus, parem com as briguinhas políticas e vamos trabalhar. Sou avesso ao populismo e nunca vou perder o otimismo.

Sou Milton Bigucci, um velhinho de 78 anos, do grupo de risco, há 59 anos no ramo da construção civil, e que continua trabalhando, produzindo, dando emprego com muito amor e dedicação.

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