Paralelas uma a outra, uma mão faz sinal de dedão para baixo. Em contrapartida, a outra aponta o dedão para cima.

A culpa está dentro de nós

Tudo que vem de mão beijada não tem valor.

Vejo muitas pessoas reclamando que precisam ser ajudadas, mas não fazem nada para justificar essa ajuda.

Há milhares de seres humanos que realmente precisam ser ajudados, os doentes, os inválidos e outros, mas a grande maioria da população, não. Precisam é de emprego e frentes de trabalho, até para serem felizes e úteis à sociedade.

Sempre digo e defendo, cada um tem que demonstrar o mínimo de boa vontade para fazer algo útil e procurar o seu lugar na sociedade.

O que mais vejo, no entanto, são pessoas reclamando, sem ajudar em nada para melhorar, jogando a culpa em cima dos outros, tentando justificar a própria incompetência. Ora, parem de reclamar um pouco e façam algo útil. Tentem mudar, tirem o negativismo de dentro de si. Sejam mais otimistas.

Dia desses vi em Santo André – SP, uma medida excelente do governo municipal, criando mil vagas para o Programa Frente Social de Trabalho, sendo 500 para mulheres e 500 para homens, todos maiores de 18 anos, que receberão um salário mínimo (R$1.100,00), cesta básica em dinheiro, refeição, cursos de capacitação e outros benefícios. Eles irão trabalhar/produzir em programas de zeladoria, manutenção, limpeza, ajudando a cuidar da cidade e ao mesmo tempo resgatando a própria dignidade.

São exemplos como este que ajudam as famílias a sobreviverem sem deixá-las tristes, pois não estão recebendo esmola, estão trabalhando. São pessoas necessitadas e que ajudarão a cidade e a si próprias, sem perder a cidadania.

Conheço muitas pessoas de origem humilde que tiveram alguma oportunidade e hoje são vitoriosos. Se lá atrás, tivessem recebido de mão beijada, talvez não teriam saído da miséria. Amigos, vamos deixar de justificar as nossas derrotas. Com saúde não pode haver derrota. Vamos parar de reclamar e seguir em frente. A culpa está dentro de nós.

*MILTON BIGUCCI – é presidente da construtora MBigucci, conselheiro vitalício e membro do Conselho Fiscal da Associação dos Construtores do Grande ABC, membro do Conselho Consultivo Nato do Secovi-SP e do Conselho Industrial do CIESP, conselheiro vitalício da Associação Comercial de São Paulo e conselheiro nato do Clube Atlético Ypiranga (CAY). Autor dos livros “Caminhos para o Desenvolvimento”, “Somos Todos Responsáveis – Crônicas de um Brasil Carente”, “Construindo uma Sociedade mais Justa”, “Em Busca da Justiça Social”, “50 anos na Construção” e “7 Décadas de Futebol”, e membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, cadeira nº 5, cujo patrono é Lima Barreto.

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